Dá para acreditar que há um tempo (e não tanto assim), o mundo fitness e do esporte não era “coisa de mulher”? A participação de mulheres nos Jogos Olímpicos, por exemplo, só começou a ser permitida em 1900. E apenas em duas modalidades: tênis e golfe.
No Brasil, a coisa já foi ainda pior: até 1979 existia uma lei em que as mulheres eram proibidas de praticar esportes como futebol ou luta, por serem considerados incompatíveis com a natureza delas.
A primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino só foi realizada em 1991. E foi apenas em 2012, pouquíssimos anos atrás, que elas puderam finalmente disputar todas as mesmas modalidades olímpicas que os homens.
Apenas com esses poucos dados já foi possível perceber que o caminho das mulheres no mundo fitness e do esporte foi árduo. Mas a boa notícia é que, graças à determinação, competência e alta performance de tantas e tantas atletas, hoje temos histórias incríveis de mulheres para conhecer, reconhecer e celebrar neste e em todos os Dias das Mulheres.
Que tal conhecer algumas? Vem com a gente para saber mais!
11 Mulheres que impactaram o segmento fitness:
Maria Lenk
A história do esporte feminino brasileiro se confunde com a trajetória de Maria Lenk. Nascida em 1915, começou a praticar natação para tratar condições respiratórias. E, mesmo treinando no Rio Tietê, em condições muito diferentes das que conhecemos hoje para atletas de alta performance, foi a primeira mulher brasileira a disputar uma Olimpíada – em Los Angeles, 1932.
E não foi apenas nesse fato que Maria Lenk foi pioneira! Ela também foi a primeira mulher do mundo a competir na prova dos 200 metros borboleta, em 1936. Posteriormente, essa modalidade foi oficializada. E, no auge da sua carreira, quando bateu dois recordes mundiais, e ela tinha tudo para ser, também, a primeira mulher medalhista olímpica, as duas edições do evento foram canceladas por conta da 2ª Guerra Mundial.
E, antes de falecer, aos 92 anos, ela ainda foi a única brasileira a entrar no Hall da Fama da Natação.
Sandra Pires e Jacqueline Silva
Maria Lenk não conquistou a primeira medalha olímpica no esporte feminino brasileiro, mas esse marco veio algum tempo depois. E em dose quádrupla: ouro e prata no vôlei de praia, bronze no basquete e no vôlei de quadra.
Apesar de todas as conquistas terem sua relevância, o ouro, neste caso, teve um sabor especial. Isso porque Jacqueline, uma das integrantes da dupla de vôlei de praia, enfrentou boicotes do Comitê Olímpico do Brasil por lutar pelos direitos das mulheres – principalmente diferenças salariais e patrocínios entre as seleções masculina e feminina.
Depois disso, ela se mudou para os Estados Unidos para praticar o esporte. Mas o próprio Comitê insistiu que ela representasse o Brasil nos Jogos Olímpicos de 1996. Foi a primeira edição com o vôlei de praia, justamente a que Jacqueline e Sandra marcaram presença como campeãs.
Aída dos Santos
Outra gigante referência do mundo dos esportes. Além de lutar contra o preconceito contra as mulheres, Aída superou os obstáculos de ser uma mulher preta e com pouquíssimas condições financeiras ao representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964.
Quer mais? Ela foi a única mulher na delegação do país naquele ano, que contava com mais de 60 pessoas. E mesmo depois de viajar sem sem técnico, sem uniforme e sem sapatilha para competir, conquistou o – inédito, até então – quarto lugar no salto em altura. E mesmo depois de representar de forma tão poderosa o seu país, às vésperas das Olimpíadas de 1972, foi cortada da seleção por ter criticado a falta de apoio do Comitê Olímpico.
Mas engana-se quem pensa que isso a fez parar. Hoje, com 86 anos, mantém um instituto para promover a inclusão social por meio do atletismo e do voleibol com sua filha, a também atleta, Valeska Menezes.
Maria Teresa de Filippis
O Brasil tem mais uma série de mulheres referências no mundo fitness e no esporte. Mas agora chegou a hora de viajar para a Itália para conhecer um pouco mais sobre a história da primeira mulher a pilotar um Maserati 250F na sua estreia da Fórmula 1.
Contrariando todos os padrões da época, Maria – que posteriormente ficou conhecida como Signorina F1 – disputou outros cinco Grandes Prêmios, quatro deles pela Maserati e um pela Porsche; onde conquistou o segundo lugar do pódio.
Apesar de a sua história nas pistas ter durado pouco tempo, Maria foi vice-presidente do Club of Former F1 Grand Pix Drivers, que tratava da união de Ex-Pilotos da Fórmula 1; além de ter atuado como presidente do clube de Maserati.
Larissa Latynina
Seguindo a nossa viagem de mulheres inspiradoras em todo o mundo, agora é hora de conhecer aquela que mais conquistou medalhas olímpicas. A ginasta soviética, Larissa Latynina, representou seu país no pódio da competição por 18 vezes, sendo nove ouros.
O resultado foi conquistado em três edições olímpicas: Melbourne 1956, Roma 1960 e Tóquio 1964. E o recorde só foi batido anos depois pelo nadador Michael Phelps.
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Tudo isso depois de sobreviver aos horrores da 2ª Guerra Mundial, à perda precoce do pai e à distância da família.
Danica Patrick
De volta às pistas, uma atleta muito importante para a história da NASCAR foi Danica Sue Patrick. Isso porque, em 2005, tornou-se a segunda mulher a conquistar uma pole position na categoria.
A atleta disputou 116 GPs, tem em seu currículo sete pódios, três poles positions e as duas voltas mais rápidas em um campeonato. Foi a primeira mulher a vencer uma corrida no Indy Japan em 2008, e também foi a primeira mulher a subir no pódio nas 500 Milhas de Indianápolis.
Serena Williams
Serena Jameka Williams nasceu em Saginaw, no estado do Michigan (EUA), em 26 de setembro de 1981 e é considerada uma das maiores atletas de todos os tempos. A tenista norte-americana é dona de quatro ouros olímpicos e mais de 20 troféus em Grand Slams. Também já foi eleita a melhor tenista do mundo em seis oportunidades.
Além disso, em 2023, Serena passou a ser a única mulher entre os 50 atletas mais bem pagos do mundo, já que sua colega de quadra, Naomi Osaka, deixou a lista por conta da ausência devido a lesões e ao anúncio da sua gravidez.
Hortência
Voltando ao Brasil e às quadras, outra atleta que representou como uma das mulheres jogadoras de basquete do mundo é Hortência de Fátima Marcaria. A qual, com apenas 16 anos, já marcava presença na seleção brasileira do esporte!
Hortência ficou mundialmente famosa por marcar 124 pontos em uma única partida, além de ser a jogadora com maior pontuação na seleção brasileira: 3.160 pontos em jogos oficiais.
Com a camisa verde e amarela, Hortência conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Havana (1991), foi campeã mundial na Austrália (1994) e três vezes campeã Sul-americana (78, 86 e 89). Em sua lista de troféus, tem títulos como jogadora e também como treinadora.
Terezinha Guilhermina
Terezinha Aparecida Guilhermina nasceu em Betim (MG), no dia 3 de outubro de 1978 e é uma velocista, especializada nas corridas de 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos.
A paratleta nasceu com retinose pigmentar, uma doença congênita que provoca perda gradual da visão. Compete no atletismo e no salto em distância, sendo a segunda melhor do mundo na categoria.
Conquistou seu primeiro ouro nos 200 metros em Pequim 2008. Em Londres 2012, venceu as provas dos 100 e 200 metros rasos, colocando-a entre as maiores vencedoras do país no esporte paralímpico. Em 2006, foi eleita Atleta Paralímpica do Ano, pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Marta
É impossível terminar a lista de mulheres que impactaram o segmento fitness e do esporte sem mencionar aquela que foi seis vezes a melhor do mundo – quebrando todo e qualquer paradigma a respeito de o futebol ser ou não “lugar de mulher”.
Marta Vieira da Silva, além de mulher e brasileira, é, indiscutivelmente, a maior jogadora de futebol de todos os tempos. Além de ter conquistado o título seis vezes – cinco delas, consecutivas, é a maior artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino e também a pessoa com o maior número de gols em Copas do Mundo – na modalidade masculina e feminina.
Os recordes e mais recordes fizeram com que Marta também fosse reconhecida, em 2009, pela Revista Época, uma das pessoas mais influentes do Brasil. Foi também a primeira mulher latino-americana a ser nomeada Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, em 2018. E, em 2023, lançou a marca Go Equal, a qual tem todos os royalties das vendas revertidos para iniciativas ligadas ao protagonismo do futebol feminino.
Conclusão
Tecnofit também é cultura, história e inspiração. Esperamos que, ao conhecer um pouco mais sobre essas mulheres, que deixaram marcas importantes no universo fitness e do esporte, você possa absorver a influência para ir atrás dos melhores resultados na sua jornada de empreendimento fitness.
E, assim como precisamos garantir espaço e o apoio necessário para que ainda mais mulheres possam fazer a diferença nessa história, queremos que você conte com os melhores parceiros para conquistar os objetivos da sua empresa.
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